terça-feira, fevereiro 27, 2007
E quando os sonhos embuscam ao que se despista acordado? E quando as ironias dos dias despertam o que se julgava hipnoticamente adormecido?
O que se faz com o que nos atola o silêncio de quereres e não poderes? O que se faz com o que palpita vibrante por detrás dos olhos secos de já não te saber chorar ou encontrar?
Em que prateleira desta distância factícia queres que arrume o que hoje teria para depositar em ti sem to dizer?
domingo, fevereiro 25, 2007
the miracle to come
O que por vezes se carrega nas costas da esperança nunca pequena de um dia se poder desamarrar, espreguiçar e então repousar a alma moída.
A ilustração é de Mackenzie Thorpe , a descobrir com olhos de criança crescida.
A ilustração é de Mackenzie Thorpe , a descobrir com olhos de criança crescida.
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
sábado, fevereiro 17, 2007
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
porque é bom sonhar
Romeo and Juliet
Kissing you, Desiree
Kissing you, Desiree
Aos nossos Romeus, aos que chegaram, aos que ficaram, aos que partiram, aos que nunca vieram e também àqueles que, um destes dias, esbarrarão em nós para nos tirar o folêgo, roubar o coração e amolecer a vontade cansada. E a nós, que seremos sempre Julietas a querer sonhar.
terça-feira, fevereiro 13, 2007
exilado
As palavras vão-se acumulando nos dias que fingem não as saber de cor. Há um silêncio entupido de cadências cardíacas sem eco que não cabem aqui. Quase nada enternece a pele que perdeu o rasto às tuas mãos e as minhas... as minhas já não sei o que fazer com elas que as aqueça.
Há dias em que acho que o meu coração bate fora de mim. Algures num exílio no estrangeiro do que sou sem os teus olhos.
Há dias em que acho que o meu coração bate fora de mim. Algures num exílio no estrangeiro do que sou sem os teus olhos.
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
multicolor
Em busca de cor.
Não importa qual, desde que condiza com o que me devia cobrir a alma por agora.
Amarelo. Rosa. Azul. Laranja. Verde. Não importa. Desde que pinte estas manchas que há tanto tempo me tingem a pele. Desde que ilumine as sombras que já não eram para pairar por aqui e que dê sumiço aos gradientes de cinza e ao branco sujo.
Uma cor qualquer. Roxo. Vermelho. Amarelo. Castanho. Rosa. Não importa. Uma que acorde todas as que têm andado desbotadas por aqui e de novo me devolva o arco-íris aos sonhos, e aos dias.
Não importa qual, desde que condiza com o que me devia cobrir a alma por agora.
Amarelo. Rosa. Azul. Laranja. Verde. Não importa. Desde que pinte estas manchas que há tanto tempo me tingem a pele. Desde que ilumine as sombras que já não eram para pairar por aqui e que dê sumiço aos gradientes de cinza e ao branco sujo.
Uma cor qualquer. Roxo. Vermelho. Amarelo. Castanho. Rosa. Não importa. Uma que acorde todas as que têm andado desbotadas por aqui e de novo me devolva o arco-íris aos sonhos, e aos dias.
domingo, fevereiro 04, 2007
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
escarlte
Porque a história dos dois, que beberam o que desconheciam não lhes puder jamais matar a sede de si mesmos, não conhece preto e branco. Porque é nos cinzentos que se espraiam as razões e os corações. Porque no amor há impossíveis sem absolvição. Porque é nos vermelhos da vida que melhor se lhe vê a cor. E porque todas as verdadeiras histórias de amor dela se pintam.
Aqui fica o meu escarlate, pelos momentos que nos coram o corpo e a alma, sem pecados.
Aqui fica o meu escarlate, pelos momentos que nos coram o corpo e a alma, sem pecados.