eco
E quando os sonhos embuscam ao que se despista acordado? E quando as ironias dos dias despertam o que se julgava hipnoticamente adormecido?por tudo o que se cria, se partilha, se estilhaça, se vibra, se destroi, se vive... sem e por querer.
E quando os sonhos embuscam ao que se despista acordado? E quando as ironias dos dias despertam o que se julgava hipnoticamente adormecido?
O que por vezes se carrega nas costas da esperança nunca pequena de um dia se poder desamarrar, espreguiçar e então repousar a alma moída.
As palavras vão-se acumulando nos dias que fingem não as saber de cor. Há um silêncio entupido de cadências cardíacas sem eco que não cabem aqui. Quase nada enternece a pele que perdeu o rasto às tuas mãos e as minhas... as minhas já não sei o que fazer com elas que as aqueça.
Em busca de cor.
Porque a história dos dois, que beberam o que desconheciam não lhes puder jamais matar a sede de si mesmos, não conhece preto e branco. Porque é nos cinzentos que se espraiam as razões e os corações. Porque no amor há impossíveis sem absolvição. Porque é nos vermelhos da vida que melhor se lhe vê a cor. E porque todas as verdadeiras histórias de amor dela se pintam.