terça-feira, novembro 27, 2007

render-me

Dias em que nem os sorrisos nem as lágrimas cabem em mim. Às vezes não sei que fazer com o que me nasce por dentro sem o querer. Com o que me quebra e me afronta.
Queria conseguir olhar para dentro e dizer que tudo está bem. Que as fendas que trago comigo também compõem a matéria que me faz. Dizer-me que posso descansar, parar de lutar esta guerra que só eu carrego, cujas batalhas apenas a mim pertencem. Afagar-me a alma. Descansar. Desistir de me vencer por dentro.
E deixar-me ser. Assim. Inteira e quebrada. Fraca e forte. Concreta e difusa. Luminosa e sombria. E ser. Apenas. Ser.