quarta-feira, janeiro 31, 2007
terça-feira, janeiro 30, 2007
a fundo perdido
para ouvir com atenção, no que cai entre os silêncios e as palavras... a fundo perdido.
Chama-se "The fear you won't fall", de Joshua Radin. As imagens... do que nos trapos dos dias, e mesmo no Lost, tantas vezes fica por dizer, ainda que chegue a quem o consegue escutar.
Digo-o também eu aqui, sem precisar de mais palavras do que estas, que aqui não escrevo.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
terça-feira, janeiro 23, 2007
domingo, janeiro 21, 2007
âncora
Foi sem querer que te fiz âncora da paixão que aqui semeaste.
Foi sem querer que deixei que a regasses com teu perfume a escaldar-me a pele, e a adubei com os beijos que me roubavas e todos os que o tempo me arrancou depois .
Foi sem querer que aqui aportaste e foi por querer que te acolhi.
Foi por querer que ficaste e te enraizaste e foi sem querer que te perdi.
Foi sem querer que deixei que a regasses com teu perfume a escaldar-me a pele, e a adubei com os beijos que me roubavas e todos os que o tempo me arrancou depois .
Foi sem querer que aqui aportaste e foi por querer que te acolhi.
Foi por querer que ficaste e te enraizaste e foi sem querer que te perdi.
sábado, janeiro 20, 2007
"the more things change,
the more they stay the same.
I’m not sure who the first person was who said that. Probably Shakespeare, maybe Sting. But at the moment, it’s a sentence that best explains my tragic flaw: my inability to change. I don’t think I’m alone in this. The more I get to know other people, the more I realize it’s kind of everyone’s flaw. Staying exactly the same, for as long as possible. Standing perfectly still. It feels better somehow. And if you are suffering, at least the pain is familiar. Because if you took that lip of faith, went outside the box, did something unexpected, who knows what other pain might be waiting out there. Chances are it can be even worst.
So you maintain the status quo. Choose the road already travelled and it doesn’t seem that bad. Not as far as flaws go, you’re not a drug addict, you’re not killing anyone. Except maybe yourself a little.
When we finally do change, I don’t think it happens like an earthquake, or an explosion, or all the sudden we’re like this different person. I think it’s smaller than that. The kind of thing most people wouldn’t even notice unless they looked really, really close. Which, thank God, they never do.
But you notice it. Inside you that change feels a world of difference. And you hope that it is, that this is the person you get to be forever. That you will never have to change, again.”
Chama-se Everwood, a série onde estas palavras ganham voz e cor.
Aqui, vestem o significado que lhe quisermos dar e, seja ele qual for, a força delas é a mesma. Cá dentro, mudar faz tremer, hesitar, faz com que fujamos muitas vezes, ainda que não saibamos do que nos escondemos, ou mesmo sabendo não termos refugio de nós mesmos.
Mudar... talvez o que melhor nos caracteriza como humanos, e o que tantas vezes não conseguimos alcançar. Mudar... para melhor ou pior, não interessa, é o desconhecido que assusta e que nos faz, repetidamente, mantermo-nos na mesma, apesar de puder doer, de não nos preencher, de sentirmos que algo nos falta.
Mudar pede-nos aquele "lip of faith" que muitas vezes acreditamos não saber ou puder dar. Por medo... sempre o medo.
A verdade é que sem ele, aquele passo, aquele salto de fé , ficaremos sempre aquém, do que seriamos, do que seria...não fosse o medo. E quando, mesmo que por breves instantes, nos esquecemos dele, o que sentimos, o que tocamos é tão maior e tão mais sagrado... tão mais nosso. É ai que percebemos que não nos podemos esconder ou fugir, que a inevitabilidade de mudar nos espera, por detrás de cada dia. Então, sabemos que poderemos sempre fechar os olhos ao que está escancarado ao coração mas que permanecer na mesma não o pode cegar.
Pode ser que um dia chegue, em que um empurrão de fé nos ajude a libertar as amarras que nos congelam e possamos, verdadeiramente, dar o salto... e mudar...
I’m not sure who the first person was who said that. Probably Shakespeare, maybe Sting. But at the moment, it’s a sentence that best explains my tragic flaw: my inability to change. I don’t think I’m alone in this. The more I get to know other people, the more I realize it’s kind of everyone’s flaw. Staying exactly the same, for as long as possible. Standing perfectly still. It feels better somehow. And if you are suffering, at least the pain is familiar. Because if you took that lip of faith, went outside the box, did something unexpected, who knows what other pain might be waiting out there. Chances are it can be even worst.
So you maintain the status quo. Choose the road already travelled and it doesn’t seem that bad. Not as far as flaws go, you’re not a drug addict, you’re not killing anyone. Except maybe yourself a little.
When we finally do change, I don’t think it happens like an earthquake, or an explosion, or all the sudden we’re like this different person. I think it’s smaller than that. The kind of thing most people wouldn’t even notice unless they looked really, really close. Which, thank God, they never do.
But you notice it. Inside you that change feels a world of difference. And you hope that it is, that this is the person you get to be forever. That you will never have to change, again.”
Chama-se Everwood, a série onde estas palavras ganham voz e cor.
Aqui, vestem o significado que lhe quisermos dar e, seja ele qual for, a força delas é a mesma. Cá dentro, mudar faz tremer, hesitar, faz com que fujamos muitas vezes, ainda que não saibamos do que nos escondemos, ou mesmo sabendo não termos refugio de nós mesmos.
Mudar... talvez o que melhor nos caracteriza como humanos, e o que tantas vezes não conseguimos alcançar. Mudar... para melhor ou pior, não interessa, é o desconhecido que assusta e que nos faz, repetidamente, mantermo-nos na mesma, apesar de puder doer, de não nos preencher, de sentirmos que algo nos falta.
Mudar pede-nos aquele "lip of faith" que muitas vezes acreditamos não saber ou puder dar. Por medo... sempre o medo.
A verdade é que sem ele, aquele passo, aquele salto de fé , ficaremos sempre aquém, do que seriamos, do que seria...não fosse o medo. E quando, mesmo que por breves instantes, nos esquecemos dele, o que sentimos, o que tocamos é tão maior e tão mais sagrado... tão mais nosso. É ai que percebemos que não nos podemos esconder ou fugir, que a inevitabilidade de mudar nos espera, por detrás de cada dia. Então, sabemos que poderemos sempre fechar os olhos ao que está escancarado ao coração mas que permanecer na mesma não o pode cegar.
Pode ser que um dia chegue, em que um empurrão de fé nos ajude a libertar as amarras que nos congelam e possamos, verdadeiramente, dar o salto... e mudar...
Fotografia:Patrick Demarchelier
sexta-feira, janeiro 19, 2007
quinta-feira, janeiro 18, 2007
arejar
Ignorar o que estremece fora do alcance das nossas mãos. Esquecer as máscaras que usamos tão mal para parecermos tão bem. Arrumar a contenção e o que não nos toma noutro lugar que não este. Pôr de lado as frases compostas. Deixar suar os sorrisos e as lágrimas sufocados. Arejar o coração.
Vamos ficar com o que nos resta, com o que sobrevive por detrás dos gestos comedidos e dos olhos brilhantes. Nós. E basta.
Fotografia: Cometti
segunda-feira, janeiro 15, 2007
segredar-te
"Olhar para a frente sem saber o que vai ser de nós. Olhar para trás sem nada poder reviver, corrigir ou emendar sequer. Não conseguir fixar o presente, bom ou mau, tanto faz, o presente que não será mais. Sentir-se transportado para a frente e depois para trás, ficar tonto, prestes a cair, sem ter mão no que pensar. Levantar, andar, voltar e depois parar num mesmo sítio, sempre diferente. Desistir, recomeçar, deixar cair, agarrar por momentos e depois abandonar. Sentir-se feliz, absolutamente feliz, e logo depois desesperar, sem esperança alguma de voltar a acreditar, e depois voltar a acreditar, e a sentir a felicidade, aos poucos, a voltar.
Tudo isto à volta de um amor, por causa de um amor, tudo isto e muito mais, meu amor, que tenho de te esconder. Senão dizia-te."
Tudo isto à volta de um amor, por causa de um amor, tudo isto e muito mais, meu amor, que tenho de te esconder. Senão dizia-te."
Pedro Paixão
Fotografia: Jonathan Frantini
sexta-feira, janeiro 12, 2007
round here
Round here, Counting Crows
Carrega no play. Fecha os olhos. Não ouças. Escuta.
O resto acabará por chegar. O que tiver de vir.
Quando te encontrar, não te desvies, não o empurres, não finjas que não o conheces. Deixa que te envolva. Deixa que apareça e que cresça, aí dentro. A envolver-te . A abraçar-te. A fazer-te lembrar e esquecer de tudo o que importa mas que agora não é importante.
Deixa-te ir. Deixa-te vir. Deixa-te ficar nesta estufa de corações a tremer, ternura devida e corpos sedentos de ar, exaustos de tanto fugir.
Até ja.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
terça-feira, janeiro 09, 2007
segunda-feira, janeiro 08, 2007
domingo, janeiro 07, 2007
sábado, janeiro 06, 2007
quinta-feira, janeiro 04, 2007
quarta-feira, janeiro 03, 2007
embrenhado
Foi assim em Madrid, aqueles momentos. O fim primeiro, o início depois. Ou o inverso, tanto faz. É sempre difícil precisar quando começa e quando termina. O instante em que amanhece e em que escurece. É assim no tempo e na vida também.
Ou então diz-me, se puderes, em que momento a tua pele passou a respirar o ar da minha? E quando foi que o teu coração se descompassou com o meu?