quinta-feira, dezembro 21, 2006

all around


É o ínicio de um daqueles filmes com que as televisões e os cinemas usualmente nos brindam nesta altura do ano - Love Actually.
Muitos dirão que é lamechas, cliché ou banal. Mas não para mim. Para mim, e à parte de todos os chavões intelectuais, este é um filme sobre o Amor, de facto. O que vive connosco desde sempre ou aquele em que chocamos, de rompante, numa qualquer rua num dia igual a todos os outros. O que encontramos nos sítios do costume e o que nos assalta nos locais mais improváveis. O que se diz e escreve e também o que nos surge disfarçado em gestos, olhares, silêncios ou palavras. O que se ganha e o que se perde. E também sobre os que nunca partem de facto.
E por isso me há-de sempre enternecer vê-lo. Talvez por me lembrar de todos os Amo-te's que, por esquecimento, pressa ou medo, deixamos por dizer, e também de todos aqueles que proferimos sem o peso das palavras, todos os dias, a quem nos enche o coração.
Neste tempo de frio, aconchego, coração derretido, luzinhas, dinheiro esbanjado, cheiro a castanhas, dias a correr e ternura vertida em goles de café, olhares a acompanhar talheres e beijos embrulhados de Feliz Natal, aqui fica o meu AMO-TE a quem o devo todos os dias, por morarem cá dentro e por valer a pena dizê-lo.
Love actually is all around. Basta olhar-se de perto, com o coração.