quarta-feira, setembro 06, 2006

encharcado


De ti, a febre com que me contaminaste a pele e a sede que me depositaste na boca. De ti, era o que podia ter bastado mas se entornou assim que te entranhaste e me ficaste.
De ti, tudo se fez nada. Àgua vertida na mesma mesa onde um dia despimos a vergonha, esbofeteamos a razão e se debateram o desejo e os corpos que deixavam de te e me pertencer.

Fotografia: Eryk Fiktau