encharcado
De ti, a febre com que me contaminaste a pele e a sede que me depositaste na boca. De ti, era o que podia ter bastado mas se entornou assim que te entranhaste e me ficaste.
De ti, tudo se fez nada. Àgua vertida na mesma mesa onde um dia despimos a vergonha, esbofeteamos a razão e se debateram o desejo e os corpos que deixavam de te e me pertencer.
Fotografia: Eryk Fiktau
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