sexta-feira, março 30, 2007

em ponto

Há uma hora certa para soltar as rédeas às memórias empoeiradas e aos sonhos esburacados. Há uma hora certa para sacudir a chuva da pele e dos dias de sol. Uma hora certa para largar a corda e cair, sem medo.
Há uma hora certa. Sem minutos ou horas, sem meses ou anos. Uma hora certa no tempo que apenas se mede com os ponteiros dos corações.

Fotografia: Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin (Calendário Pirelli 2007)