domingo, março 25, 2007

amanhã

Talvez. Amanhã talvez acredite outra vez. Em borboletas a povoar o avesso da pele. Em olhares que aveludam os silêncios encorpados de desejos por saciar. Ou em verdades que se multiplicam com bocas a tocarem os lábios da alma e com braços capazes de alumiar a vontade perdida. Amanhã, talvez acredite. Ou depois. Ou depois. Não sei.
Talvez amanhã as palavras deixem de ser só palavras para ganharem os contornos de um olhar que não traga o peso todo de um coração moído dentro dele. Como este.
Mas só amanhã.