desempoeirar-te
Há coisas que não se perdem, por nos pertencerem sem pedir licença. Olhares que não mudam de temperatura, porque o tempo não basta para os esfriar. Gestos que nascem do que as palavras não dizem, por serem de menos ou demais.
Há momentos que nos assaltam o sossego, que nos devolvem o que nos fomos roubando à revelia do que vive mais fundo. Em que as verdades que nos habitam, fora do alcance das mãos que amarramos, emergem à superficie do que empurramos para dentro e, de novo, respiram.
Foi bom desempoeirar-te do que estava a mais, sacudir-te o pó e as palavras, polir-te os sentidos, limpar-te os olhos embaciados pela distância. Ter-te a nu.
É sempre que nos despimos sem nos tocarmos que te sinto aqui. Como se nunca tivesses ido embora ou pudesses.
Há coisas que não se perdem, por existirem assim, sem e por querer.
Fotografia: Juan Gatti
Há momentos que nos assaltam o sossego, que nos devolvem o que nos fomos roubando à revelia do que vive mais fundo. Em que as verdades que nos habitam, fora do alcance das mãos que amarramos, emergem à superficie do que empurramos para dentro e, de novo, respiram.
Foi bom desempoeirar-te do que estava a mais, sacudir-te o pó e as palavras, polir-te os sentidos, limpar-te os olhos embaciados pela distância. Ter-te a nu.
É sempre que nos despimos sem nos tocarmos que te sinto aqui. Como se nunca tivesses ido embora ou pudesses.
Há coisas que não se perdem, por existirem assim, sem e por querer.
Fotografia: Juan Gatti
1 Comments:
Ainda bem...ainda mal!
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