ninguém
nenhum lugar se escuta no lugar onde não existes.
aqui, não há sequer o teu esquecimento. há palavras
que não te negam. crescemos sem esperar nada de ti.
se és o silêncio, nós não conhecemos o silêncio. se és
a solidão, és inútil. o que existe longe de nós não é a
nossa casa. nós suportamos as paredes de nossa casa.
nenhum tempo pode esquecer o tempo que te esqueceu.
agora, a música repete outros rostos. os intantes não
se lembram de ti. o horizonte tenta proteger-te do medo.
Fecho os olhos. Vejo aquilo que se vê com os olhos fechados. Nada mais. Com tudo o que uns olhos fechados podem ter dentro.
Espero que o sono venha. Espero outra vez. Não adormeço. Quem me derruba não é ele. Nem sequer o cansaço pesado no corpo. Quem me vence é tudo o que se vê de olhos fechados.
aqui, não há sequer o teu esquecimento. há palavras
que não te negam. crescemos sem esperar nada de ti.
se és o silêncio, nós não conhecemos o silêncio. se és
a solidão, és inútil. o que existe longe de nós não é a
nossa casa. nós suportamos as paredes de nossa casa.
nenhum tempo pode esquecer o tempo que te esqueceu.
agora, a música repete outros rostos. os intantes não
se lembram de ti. o horizonte tenta proteger-te do medo.
José Luís Peixoto
Fecho os olhos. Vejo aquilo que se vê com os olhos fechados. Nada mais. Com tudo o que uns olhos fechados podem ter dentro.
Espero que o sono venha. Espero outra vez. Não adormeço. Quem me derruba não é ele. Nem sequer o cansaço pesado no corpo. Quem me vence é tudo o que se vê de olhos fechados.
Post nº 100
Fotografia: Christian Coigny
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